segunda-feira, 30 de julho de 2012

Brasil está atrasado com relação a economia criativa


28/07/2012 22h59 - Atualizado em 28/07/2012 22h59 

Claúdia Leitão disse que modelo já é realidade em vários outros países.
Ana Maria Coelho, José Bertotti e Marcelino Granja participaram de palestra.

Do G1 PE
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Economia criativa foi discutida (Foto: Reprodução/TV Globo)Economia criativa foi discutida
(Foto: Reprodução/TV Globo)
Um dos debates deste sábado (28) na Campus Party Recife, no palco principal montado no Chevrolet Hall, abordou as tendências, desafios e oportunidades para o empreendedorismo e a economia criativa no país. Com mediação do diretor-presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, a secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura (MinC), Cláudia Leitão; a gerente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Ana Maria Coelho; o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Recife, José Bertotti; e o secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, falaram sobre os incentivos para a economia criativa.
Para Cláudia Leitão, do MinC, a economia criativa já é uma realidade em vários países, mas o Brasil ainda não despontou. "O Brasil está atrasado. O poder público tem que compreender o que é essa economia, levar as discussões para os planos estaduais e municipais. Todos os marcos reguladores ainda estão sendo construídos”, disse.
Leitão acredita que a economia criativa tem sido muito bem acolhida no Brasil, mas como é um tema novo, ainda é mal compreendida. “A gente não pode dizer que já haja uma formação de políticas públicas, estamos começando”, explicou. A secretária falou que há desafios com relação a informação e metodologia de qualificação e quantificação. “É preciso separar e dizer realmente o valor que ela representa no nosso PIB [Produto Interno Bruto]”, complementou.
O desenvolvimento econômico, a cultura e o turismo são os pilares da Prefeitura do Recife, segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Bertotti. Para ele, é preciso um esforço nacional para medir o tamanho da economia da cultura. “Não vamos deixar de lado nossa indústria, mas temos que desenvolver também a economia criativa no Recife”, informou.O secretário de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, enfocou nas ações de fomento do governo do estado. Ele falou que já existe um grupo de trabalho na secretaria focado no empreendedorismo, com função de estabelecer um rumo geral para a política de desenvolvimento econômico do estado para a área de economia criativa. “Temos três incubadoras: em Caruaru, em Serra Talhada, fortemente ligada a área de caprinocultura, e outra em Petrolina que tem ligação com agronegócio”, contou.
Já a gerente do Sebrae, Ana Coelho, falou sobre o papel da instituição no sentido de contribuir para o fomento da economia criativa. “A gente está falando de um novo modelo de desenvolvimento porque é desta forma que o Sebrae vem enxergando a economia criativa, eixo que trabalha a competitividade dos negócios criativos. Fazer parte da economia criativa é um outro conceito. A criatividade transpassa todos os eixos da economia tradicional. Existem os empreendimentos criativos onde o trabalho do Sebrae é melhorar sua própria competitividade”, comentou.
Ana Coelho informou também sobre o lançamento da cartilha do empreendedor individual na economia criativa, que está disponível no site do Sebrae. “Temos uma área que pensa inovação e tecnologia, discutimos a inovação na pequena empresa, tem várias ferramentas internas desde programas de incubadoras de empresas de fomento até um programa com agentes locais de inovação”, explicou.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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