segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Abbas nega diálogo com Israel caso colonização não pare por completo

Palestino critica postura do primeiro-ministro israelense Netanyahu.
Recebido com festa em Ramallah, líder cita início de 'primavera palestina'.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse neste domingo (25) que não haverá negociações com Israel enquanto houver ocupação israelense em territórios tidos pelo líder como propriedade palestina.
"Não haverá negociações sem a legitimação internacional e sem uma parada completa da colonização", afirmou Abbas diante de milhares de partidários em Ramallah, na Cisjordânia, após voltar de Nova York, onde apresentou um pedido histórico de reconhecimento e adesão do Estado palestino por parte das Nações Unidas (ONU) - o apelo foi testemunhado pelo secretário-geral do órgão Ban Ki-Moon.
Ao retornar à Palestina, Abbas, com 76 anos, citou o início de uma "primavera palestina", após o impacto do seu discurso na ONU. É uma alusão à "primavera árabe", termo usado pela imprensa e líderes desde o início dos levantes em países como Tunísia e Líbia em 2011.
O líder palestino criticou a postura de Benjamin Netanyahu, considerando o primeiro-ministro israelense como o mais inflexível a assumir o cargo. A Autoridade Palestina também negou o diálogo com Israel nos termos recomendados pelo Quarteto de Madri - grupo formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU para mediar a questão da paz no Oriente Médio.

Mahmoud Abbas é recebido com festa ao voltar para a Cisjordânia. (Foto: Abbas Momani / AFP Photo)
Mahmoud Abbas é recebido com festa ao voltar para a Cisjordânia. (Foto: Abbas Momani / AFP Photo)

Recebido com festa, Abbas, de 76 anos, é elevado ao patamar de herói após sua passagem pelos Estados Unidos.
Riyad al-Malki, ministro das Relações Exteriores palestino, também já havia negado a proposta das potências mundias para sentar à mesa com Israel dentro de um mês para estabelecer um novo cronograma pela paz. O chanceler afirmou que a ideia do Quarteto é insuficiente, já que não contempla o retorno da região às fronteiras que existiam antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Fonte: g1.globo.com

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