sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Polícia Federal investiga fraude em fornecedoras de merenda


Entre os suspeitos estão políticos e gerentes de banco
ARTHUR CUNHA
A Polícia Federal (PF) deu início, ontem, à operação “Mar de Lama”, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro do qual participariam empresas de alimentação que fornecem merenda escolar a várias prefeituras de Pernambuco. Outra irregularidade atribuída ao grupo é o desvio de valores referentes a salários de funcionários fantasmas. Seis pessoas foram indiciadas por crimes de formação de quadrilha, crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e peculato.

Entre elas, segundo apurou a Folha de Pernambuco, um ex-vereador de Jaboatão dos Guararapes. Além de dois gerentes de banco, um empresário, um funcionário público e um estudante. A PF não revelou nenhum nome. Pela manhã, eles prestaram depoimento obedecendo a um mandado de Condução Coercitiva na sede da PF, no Recife, tendo sido liberados em seguida.

Contas bancárias fraudulentas, de propriedade de pessoas inexistentes, utilização de documentos falsos para saques e depósitos de valores também são crimes artribuídos aos investigados. Em uma determinada prefeitura, a quadrilha estaria extorquindo empresários com o objetivo de fazer caixa dois. Pelos cálculos da Polícia Federal, cerca de R$ 1,8 milhão foram “lavados” desde 2007, quando as fraudes começaram. Caso sejam condenados, os indiciados podem pegar até 45 anos de prisão. Nos próximos dias, cerca de 50 pessoas serão intimadas a prestarem depoimento na operação.

Segundo o delegado Bernardo Torres, responsável pelo caso, trata-se de “um grande esquema de corrupção, de desvio de dinheiro público numa das prefeituras desse Estado; envolvendo cargos fantasmas, pagamento de mensalão a autoridades públicas”. “Entre outras coisas, também se investigou a lavagem de parte desse dinheiro, que era advindo dessas modalidades criminosas”, destacou o delegado, em matéria na TV Globo.

“Todas as pessoas foram interrogadas, indiciadas e libertadas. O indiciamento se deu por formação de quadrilha, crime contra o sistema financeiro nacional - particularmente o crime de administração fraudulenta de instituição financeira -, por crime de lavagem e peculato, que é o desvio de dinheiro público”, salientou Bernardo Torres.

INVESTIGAÇÃO
A investigação teve início em 2007. De imediato, um largo esquema de corrupção e desvio de verbas públicas veio à tona. Vários políticos estão no foco dos trabalhos investigativos. Fala-se em um novo mensalão com pagamento de propina para assegurar apoio a projetos.   Fonte:folhape.com

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