sábado, 27 de agosto de 2011

Após protestos, governo anuncia R$ 400 milhões para reforma agrária


O governo anunciou nesta sexta-feira que vai liberar R$ 400 milhões para a reforma agrária, a serem usados na compra de terras para assentar em caráter emergencial 20 mil famílias acampadas em todo o Brasil. A medida foi tomada como resposta a uma série de protestos realizados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e outros movimentos sociais que compõem a Via Campesina. Representantes da organização se encontraram por duas vezes nesta semana com a presidente Dilma Rousseff. Nesta sexta, o MST voltou inclusive a bloquear entrada do Ministério da Fazenda, mas não chegou a invadir o prédio.
O anúncio foi feito pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República. Apesar de não divulgar uma data certa, ele garantiu que o dinheiro será liberado ainda neste ano. Carvalho informou que no dia 21 de setembro, haverá uma reunião no Palácio do Planalto para acertar como a verba será gasta. O ministro também disse que o governo vai apresentar uma proposta de refinanciamento das dívidas dos pequenos agricultores. Segundo Carvalho, quem tiver dívidas de até R$ 20 mil poderá renegociar o pagamento por até sete anos, com juros de 2% ao ano. Para autorizar o refinanciamento da dívida, a União vai exigir o pagamento inicial de 10% do valor do débito - uma proposta com a qual os agricultores não concordam.
- Nós abrimos as portas para um diálogo que é tenso. As demandas dos movimentos são muitas e são amplas, e nós procuramos, na medida do possível, atender a essas demandas. Nós chegamos no limite das nossas possibilidades. Esperamos que tenhamos atendido às principais reivindicações - afirmou Carvalho.
O ministro também disse que a presidente Dilma determinou que o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra apresentem um plano de reforma agrária emergencial e outro de médio e longo prazo, com previsões de ações até 2014. Os representantes dos sem-terra consideraram a resposta do governo “satisfatória”, mas apresentaram disposição para continuar negociando outros pontos nos quais o consenso ainda não foi atingido.
Durante o protesto nesta sexta no Ministério da Fazenda, por precaução, a porta principal foi fechada pelos seguranças do órgão. Os funcionários entravam e saiam do prédio apenas pelo edifício anexo. Os manifestantes instalaram um carro de som no estacionamento e pediam uma reunião com autoridades para discutir o orçamento destinado à reforma agrária. Na terça-feira, os manifestantes também bloquearam a entrada do ministério.
Da Agência O Globo  Fonte: aquipe    Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

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